quarta-feira, 21 de outubro de 2009

'Chaise Box'


Diogo Miguel Amaral Romão da Silva e Ricardo Nuno Raimundo participaram no Concurso Design de Mobiliário com Materiais Reciclados 2009 com o protótipo 'Chaise Box', o qual pode ser apreciado logo à entrada do IADE.




Respondendo ao repto “It’s About Time”, em 2009 a ExperimentaDesign vai coordenar o projecto de reabilitação urbana do Jardim de Santos, a convite da Câmara Municipal de Lisboa. Actualmente esquecido e subaproveitado, o Jardim será alvo de uma intervenção que utilizará o design enquanto disciplina operativa de actualização e desenvolvimento estratégico. O projecto visa abrir caminho a novas dinâmicas de utilização e vivência através da criação de um espaço cosmopolita que conjuga zonas verdes, arquitectura e design. Os habitantes e frequentadores da zona beneficiarão de uma área de lazer adequada a diferentes tipos de públicos – incluindo crianças, idosos e população adulta activa – numa perspectiva socialmente consciente e integradora. Pretende-se concretizar o potencial do Jardim enquanto pólo dinamizador da zona envolvente, promovendo a mobilidade e ligação ao rio bem como estreitando laços entre comunidade e agentes locais, quer ao nível do comércio e serviços, quer de instituições culturais.O plano da intervenção prevê o redesenho do Jardim associado à concepção de novo mobiliário urbano, elementos lúdicos, sinalética e um quiosque de restauração com uma componente de divulgação cultural. Serão ainda contempladas soluções na área do design de som e iluminação que potenciem a funcionalidade do espaço.A reabilitação do Jardim de Santos representa mais um passo em frente na construção de um legado duradouro para a cidade e habitantes de Lisboa. A valorização e optimização do património, a criação de percursos alternativos de visita por via da acção cultural e a defesa de uma crescente qualidade de vida urbana são as linhas orientadoras da EXD na persecução daquele que é um dos seus objectivos estratégicos.




Cadeira Thonet






Estandardização e Produção em Massa - O design da cadeira n.º 14 de Thonet (1859) seria uma referência europeia quanto a eficácia produtiva e comercial de um artefacto que não passava de moda. Venderam-se para cima de 30 milhões de exemplares, constituindo esta cadeira um modelo pioneiro dos princípios da estandardização da produção (outro famoso exemplo foi a pistola Colt). A estandardização consiste numa iterativa uniformização dos componentes (que poderão ser intermutáveis entre produtos) e do processo de produção em série. A Thonet deve-se o desenvolvimento da técnica de moldagem a vapor da madeira sólida.


A cadeira Thonet foi criada por Michael Thonet (1796-1871)...Michael nasceu em Boppart am Rhein, na Áustria onde montou seu primeiro atelier. Fundou a empresa Thonet em 1819 para produção de seus próprios projetos. Registrou sua primeira patente para moldagem de madeira laminada em 1842. No início do século XX vários arquitetos vanguardistas de Viena desenhavam móveis para Thonet, incluindo Josef Hoffmann.Na déc de 1930 a empresa passou por uma grande expansão com linhas de móveis tubulares em aço de desenhistas famosos da Bauhaus como Mart Stam, Marcel Breuer e Mies van der Rohe. Le Corbusier foi o primeiro a utilizar as cadeiras Thonet já num ambiente modernista. A cadeira 1859, ou modelo 214, foi e um dos modelos de maior sucesso concebidos para produção industrial. É o resultado de anos de experiência durante a déc de 1850 na arte de dobrar madeira sólida, e foi desenvolvida já com o objetivo de produção em massa (por volta de 1930 já tinham sido vendidos mais de 50 milhões de cadeiras em todo mundo). A empresa é atualmente dirigida pela 5 geração dos Thonet, com sede em Frankenberg, na Alemanha, onde mantém um museu.

Michel Thonet era carpinteiro entalhador que começou a trabalhar em Boppard, Alemanha, em 1819.
Vinte anos depois deu início a experiências com madeira laminada e produziu cadeiras inovadoras.
Exibiu-as nas exposições de Coblença, de 1841, e de Mainz, de 1842.
O sucesso deu origem a um convite para transferir-se para Viena onde se concentrou no desenvolvimento de técnicas de produção em série de mobiliário, incluindo a arqueação a vapor de madeira sólida.
Thonet e seus filhos expuseram os modelos da nova mobília na Grande Exposição de Londres 1851 e obtiveram uma medalha de ouro.
Os princípios de padronização (uso de poucas peças idênticas) e da produção em série condicionaram o uso de uma linguagem de formas simples.
Thonet construiu uma grande quantidade de cadeiras com altos padrões estéticos. A produção em série permitiu vender as unidades por preços acessíveis.
Em 1859, o catálogo de móveis Thonet incluía 25 modelos de cadeiras, poltronas e mesas e, em 1911, o catálogo continha 1.400 modelos diferentes; em todos eles havia a busca de uma economia dos processos (corte, curvatura, montagem), uma normalização de peças (modulares e intercambiáveis) e das embalagens (máximo de peças em um mínimo volume), além do desenvolvimento de novas máquinas para a transformação do material.